sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Gravidez não é doença!


Sabe aquelas doenças que toda criança tem? Sarampo, catapora, caxumba? Pois é, eu nunca tive nenhuma delas. Também nunca quebrei o braço ou a perna. O máximo que passava perto de hospital era pra ir num pronto socorro infantil perto de casa pra fazer uma inalação quando ficava gripada. Então, exames de sangue, consultas médicas, diagnósticos e receitas nunca foram uma rotina na minha vida. Mas quando fiquei grávida...


Quando fiquei grávida adotei pra mim a máxima de que gravidez não é doença. E não é mesmo. Tem os temidos enjôos, é verdade, dos quais não faltam histórias pra contar. Eu mesma, não tenho nenhuma, queridos leitores, sorry. Mas posso dizer que a gente fica mais cansada, é verdade, por conta do aumento de líquidos no corpo e dos hormônios. E com muita, mas muita vontade de fazer... nada. Bom, há também o problema – para os outros – das oscilações de humor. Tirando um ou outro pirepaque – com o marido, sempre ele – nada tão grave que prejudicasse minha reputação.

Bom, tem uma série de outros desconfortos, principalmente nos primeiros três meses, que eu acho que variam pra cada uma. No meu caso, nenhum deles me impediu de trabalhar, ainda bem, porque a relação com o trabalho muda e isso é uma coisa que eu tive dificuldade nesse começo de barriga. Mas outra hora falo disso.

Agora, que to entrando no segundo trimestre, as coisas estão mais amenas, e parece que a gente se acostuma com a idéia da barriga crescente. Uma coisa que não tem fim, porém, são os exames. Porque gravidez não é doença, mas chama doença.

Primeira consulta médica, a obstetra nem olhou direito na minha cara e já foi preenchendo trocentas guias médicas: hemograma, urina, HIV (outro dia eu li que esse é o tipo de exame que pode dar um falso positivo na gravidez, já pensaram o pânico?), rubéola, glicemia, putz, nem lembro mais. Depois, cultura de urina, e mais, hepatite, coombs (que é pra monitorar o fator RH, no caso de mãe negativa e pai positivo, como é o nosso), toxoplasmose (que nome horroroso!!!)... afff... Um hipocondríaco se sentiria no reino dos céus. E eu, que nunca tive medo de agulha ou motorzinho de dentista, não estou vendo a menor graça em ter que tirar sangue mensalmente. E olha que ainda tem mais da metade da gravidez...

Enfim, eu fico reclamando, mas no fundo, a gente acaba tendo que ser um pouco objetiva. Aliás, se tem uma coisa que a gravidez está me mostrando, são os caminhos pra ser um pouco mais prática e um pouco menos elocubrante... divagar é legal, mas o neném não espera, não. Ele vai se desenvolvendo aqui na pança, e se eu quiser que ele nasça belo e saudável, tenho que ir no ritmo dele... Aliás, acho que a partir de agora eu nunca mais vou poder ditar o ritmo da minha vida... o eixo se deslocou, e é um processo que não tem volta. Mas falar disso fica pra outro momento.

Um comentário:

  1. Interessante esta história de postarem um blog sobre as impressões,sensações e realidades da gravidez do casal. Para mim, vocês estão de parabéns, gravidez é estado de graça, de jeito nenhum pode ser encarada como doença. Quanto a mudar alguns comportamentos, é perfeitamente normal, afinal a estrutura tá mudando... tanto por dentro como por fora! Outro dia ouvi o pai dizendo que estava com azia....Bem, estou aqui curtindo de coruja, afinal, ser avó de novo depois de 16 anos é ter o gostinho de ter o primeiro neto duas vezes! Só posso agradecer.Beijos.

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