sábado, 2 de abril de 2011

Eu conto os dias, conto as horas pra te ver...

Bem, chegamos a mais um mês de gravidez. Estou no oitavo, agora só faltam 2. Sim, porque essa história de que gravidez dura nove meses é uma grande farsa. A gravidez é contada pelos médicos em semanas, e demora 40 até o bebê sair daqui de dentro. Bom, mas não vou entrar nesses pormenores...

Quando descobri que estava grávida, parecia uma eternidade o tempo para a barriga começar a aparecer. Hoje, olhando pra trás, acho que passou até rápido demais. Fico olhando minha barriga pelo espelho e imaginando que logo logo ela não estará mais ali... bem, pelo menos não com um bebê dentro dela. Não posso dizer que sinto saudade, mas pelos relatos que ouço, acho que o caminho é inevitável...

O primeiro item perdido do guarda-roupa foram as calças jeans, seguidas dos sutiãs, perdidos duas vezes. Sim, porque tive que comprar um número maior com apenas 3 meses, e outro quando cheguei aos 6 ou 7. Chega a ser desesperador o quanto o corpo da gente muda para recepcionar esse serzinho que, como disse o Edu aí embaixo, faz questão de, a cada dia que passa, se mostrar mais e mais presente.

E não estou reclamando disso, não, muito antes pelo contrário. Esse espaço que ele está ocupando, se mexendo, me chutando, mudando de posição, fazendo crescer minha barriga, me ajuda a perceber que logo logo estarei com ele nos braços, dando de mamar, ninando, pondo pra dormir, trocando fraldas e brincando. Acompanhando o seu desenvolvimento, ensinando e aprendendo com ele. E, apesar de eu encarar a gravidez sem nenhum glamour e com muito pragmatismo, sinto que a maternidade será a experiência mais singular que poderei passar na vida.

Às vezes tem umas coisas muito loucas que passam pela minha cabeça, do tipo, “será mesmo que um neném vai sair de dentro de mim?”, “será que eu vou gostar dele?”, “vai ser pra sempre mesmo que vou ter um filho?”, entre outras perguntas não muito óbvias, ou pelo menos comuns, mas com respostas que eu suspeito já conhecer.

Tenho achado engraçado os chutes que ele me dá, e as tentativas de me fazer mudar de posição. Impressionante como ainda nem saiu e já vai regulando toda a minha vida... bem, apesar de que isso tem sido assim desde que soube que ele estava chegando... reorganizar a rotina de saúde, de exercícios, parar de fumar e de beber, controlar a alimentação, putz, um monte de coisa que a gente sabe que devia fazer sempre, mas precisa de um serzinho ainda tão delicado e indefeso dentro da gente pra tomar juízo e se cuidar de verdade. Na verdade, acaba que nem estamos cuidando da gente, mas sim dele.

Desses dois meses que me restam, eu só desejo que corram da forma mais tranqüila possível, que ele continue ganhando peso – mas eu não, se isso for possível! – e terminando de se desenvolver antes de mudar de casa. Que minha saúde não me pregue peças, e que eu consiga terminar todas as minhas pendências no trabalho, para me permitir viver os próximos 6 meses exclusivamente para essa nova experiência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário